
Não ha mais o brilho nos olhos
É o fim dos nossos destinos,
Dias tristes, acabou o brio
Demos adeus ao luar
É dor insana, desmedida, que invade
O alimento da sua ignorância…
Sem certeza, sem dó, sem pó
O que querem eles, saqueando tanto?
Sem pão, água, nem fubá
Paga-se, paga-se, paga-se
Pagamos, é pago… Foi pago
Horas de um tempo sem volta
É omisso, omisso
É suor derramado, sangue coagulado,
pseudo-liberdade, liberdade, pseudo
Escravidão, emprego
Senhores de escravos, empregadores
Tome aqui alguns trocados
Para agua e grãos.
É assim, é assim
Gritos e rua, tudo em vão.
Não param os absolutos
Mais. Mais. E querem mais e
Pra cá menos, menos
Não ha ninguém
para nos dizer das flores
Vive-se em dias terríveis,
O tempo obriga, machuca, seca
É a falência da inteligência
É a queda inevitável do grito, do direito.
Findou a luz dos olhos
Sem espaçonaves, guerrilhas
As estrelas não dão as caras
mas vai começar o jornal na TV